preciso
e exato relógio pouco sabe do tempo
Sempre
a contar as horas,
não
sente a o calor do sol, o frio e o vento...
Não sabe de Vera e sua Obra Prima
Em
toda estação desconhece o clima
Tal
qual o louco que vê num oásis o mar,
seu
filho, aqui, inventa seu próprio olhar
E
assim, num dia de primavera,
fez-se o mundo criar, nas ondas do oásis/mar
O sentido horário, direito, tem por limite o céu
Eu
anti-horário, canhoto, aqui flutuando ao léu
O
que sabem estes ponteiros do brilho de meu olhar?
Entre
novas flores nas árvores o relógio vem pra lembrar
Que vou cumprir meus horários, mas nada vai afastar
Meu
tempo da natureza, do sol, da dor, do luar...
Ó
coração positivo, não quer cientifizar
Ó
sangue meu negativo, que vidas pode salvar?
Quem
sabe não salva meu filho, que
tem mesmo louco olhar!