quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Louco Olhar ao Tempo

Do alto do prédio, o frio,
preciso e exato relógio pouco sabe do tempo
Sempre a contar as horas,
não sente a o calor do sol, o frio e o vento...

Não sabe de Vera e sua Obra Prima
Em toda estação desconhece o clima

Tal qual o louco que vê num oásis o mar,
seu filho, aqui, inventa seu próprio olhar
E assim, num dia de primavera,
fez-se o mundo criar, nas ondas do oásis/mar

O sentido horário, direito, tem por limite o céu
Eu anti-horário, canhoto, aqui flutuando ao léu

O que sabem estes ponteiros do brilho de meu olhar?
Entre novas flores nas árvores o relógio vem pra lembrar
Que vou cumprir meus horários, mas nada vai afastar
Meu tempo da natureza, do sol, da dor, do luar...

Ó coração positivo, não quer cientifizar
Ó sangue meu negativo, que vidas pode salvar?
Quem sabe não salva meu filho, que tem mesmo louco olhar!