sábado, 24 de dezembro de 2011

Rosi Creia

Ela está vestida de branco
Mais de doze horas por dia
Em casa no trabalho e no altar
E quando estava lá na padaria

Seu sorriso é uma poesia de sonhos
Sua fé não dá pra calcular
Ela acredita em seus filhos
E acha importante estudar

Quando ela nos vê cantar
Diz que algo melhor não há
Ela lutou pra que o mundo dos seus
Pudesse ser bem melhor
Pro Hospital e pros filhos
Universitários...
Rose esteve sempre de plantão

Rosi creia, Rosi saiba:
Que a sua fé derreteu icebergs
no meu coração...

Rosi veja, Rosi entenda:
Seu amor moveu montanhas,
Pra vivermos como irmãos.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Seu Natal

Mais uma volta em torno do sol
Hoje é um dia especial
Dia de lembrar o dia em que você chegou e chorou
Sempre nesse dia do mês, nesse mês do ano, lembro-me de você
Penso em nossas vidas, em nossos planos, em tudo que nós podemos fazer

A minha vida só tem sentido, porque tenho amigos como você
Você é uma pessoa rara, no mundo não existe ninguém igual...

Mais uma volta em torno do sol
Hoje eu quero te abraçar
Se num passado você chorava, hoje eu quero te ver sorrir
Sempre nesse dia do mês, nesse mês do ano, eu espero te ver
Pra te dizer que na vida de todo o ano, quero estar com você

Dividindo os nossos sonhos, fazendo o que podemos fazer
Neste dia só comemorando, o seu aniversário... Feliz Aniversário...

Escuta Muda Estrada. Retorna Sempre! Outro Natal

Feliz Aniversário...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Zombeteiros Tombos II

Saindo da Fraternidade a passos fortes pela via expressa

Alcancei em tempo recorde a metade dos 6km de meu percurso

Zombeteiro funcionário abandonou fixado um ferro na calçada

Lentamente se passaram os segundos do tropeço ao tombo

Naquele momento de dor aguda, mirava inerte o chão de concreto

Urgentemente tentei em vão levantar e voltar a correr...

Buscando forçosamente o chão e não o céu, fiquei ali sem forças

Depois de 3800 mt percorridos, me restava levantar e caminhar

Rastejantes eram meus passos embalados em uma dor nada fina

Sentindo por um tempo os efeitos do tombo, fui reagindo devagar

Queria voltar a correr pra apressar ou aliviar a dor... não deu...

Zombeteiros tombos assim diminuem minha louca sede por voar

Melhor mesmo não voar... mesmo sem sorrir, era bom sentir a dor

Ganhei o prazer de quase voar, e a dor rastejante num só percurso

Zombeteiros tombos às vezes nos despertam à força de um sonho...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Camarada Jocker

Sabe o Mário?

...

Aquele que é curinga de um baralho

Poeta de um universo Imaginário.

Seus grilos, o barulho e seu contrário...

“Sonhar é acordar-se pra dentro”, nos diz o Quintana... Mas quantos estão preparados pra despertar dentro de si mesmo? Quantos tem dentro de si um local onde se possa acordar? Num mundo que se constrói com conceitos e palavras, algumas poucas palavras podem salvar, ou acabar com uma vida... “Só o curinga não se deixa iludir...” (J. Gaarder)

Meu irmão Jocker, tão sem naipe como eu... Tão observador e caótico como eu... Tão curinga como eu. Por várias vezes tua poesia me salvou esse ano... Seu fascínio trágico pela lua e seus mistérios, pelo sorriso gratuito, natural e belo que se desenhou na retina, transformando-se em belas palavras... Seu olhar inebriado pelo pôr-do-sol, me contagiaram. Me vi de repente no meio do ato do deus dançarino...

É bom te ter de volta poeta... Foi bom trocar ritmos contigo! Sua dança de palavras me salvou de um afogamento... Eu que já tinha me colocado a parte do baralho, voltei com meus guizos para o jogo caótico... Dessa vez mais leve. Dessa vez sem ser Pierrot, nem Arlequim... Apenas Curinga!

Camarada Jocker, fique curinga de manhã, de madrugada. Fique toda hora que for, e não for...

“Quem faz um poema abre uma janela
Respira, tu que está numa cela
abafada,
esse ar que entra por ela.
Por isso é que os poemas têm ritmo
- para que possas profundamente respirar.
Quem faz um poema salva um afogado.”

(Mário Quintana)


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Curinga Sagitário


Sagitário vem no horário

Interage-se ao baralho

Apresenta-se mutável

Mostra o homem e o cavalo


Uma carta é o que valho

Ela é fogo no orvalho

Dia e noite é incendiário


Nada, tudo e seu contrário

Aproveita o enxovalho

Se promove quando otário


Desfazendo o itinerário

Ao curinga sagitário

Este jogo imaginário