sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A Espera do Primeiro Beijo

Já posso sentir sua voz, ouvindo seu cheiro

O gosto do seu olhar, o aroma do seu sorriso

Eu sinto a me tocar, o som do seu beijo


Meus lábios de encontro aos seus

Se abraçam num dia de chuva

Primavera passou e as flores

Que estavam no chão não existem mais


Temporal de verão, um rio que beija o mar

Espero ansioso, o tempo de te beijar


Meus lábios de encontro aos seus

Se abraçam na noite de lua

O outono passou e as estrelas

Que estavam no céu, não existem mais


Uma noite de frio, me aqueço no seu calor

O inverno se passa, e as cores se fazem flor


Meus lábios de encontro aos seus,

Se abraçam no beijo da aurora

Primavera voltou e as flores

Que não existiam, colorem mais


A espera do seu primeiro beijo

Espero mais um primeiro beijo

Mil... primeiros beijos

Infinitos primeiros beijos


Meus lábios de encontro aos seus,

se abraçam nas asas do tempo

O mundo parou, e as estrelas

que estavam no céu brilham muito mais

A lua ao seu lado – brilha muito mais

O Sol da manhã – brilha muito mais

Seus olhos nos meus – brilham muito mais...



quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Inverno Ensolarado

Eu saí para ver o céu azul

Vi as nuvens passando sobre mim

E senti o sol me abraçar, Com seu calor,

depois de uma noite de frio.


Um sorriso no rosto e um violão

Um sorriso escondido na canção,

que fiz pra mim

Pensando em você


E eu deitado em baixo do céu azul

E o sol me abraçando sem parar

E o vento gelado, enciumado,

Tenta apagar as cores da canção...


Mas nem a tempestade e um furacão,

Esse vento gelado e a solidão

Vão apagar o que eu escrevi pra você

Pensando em mim...


domingo, 18 de setembro de 2011


Dó, eu só sei o dó
E só fico em dó
Nada mais sei fazer

Eu vou ficar com dó
De quem faz mim menor
Só pra se aparecer

Lá no lar dos bocó
Tem um Zé menor
Que quer me convencer

Se só ficar em dó
Apanho da vó
O violão vou perder

Vou fugir dos bocó
No SUS tem ido a vó
Que ficará melhor...
Quando o sol nascer...

Tenha dó...

sábado, 17 de setembro de 2011

Verdazuis e os Castanhos


Com seus olhos verdazuis

A menina me seduz

Mesmo sendo quase sem querer


Sou tão perto dela eu sei

Vou com ela, invento a lei

Que faz meu espírito voar


A criança... A mulher.

Nos olhos da menina que sonhei

A gravidade, o impossível

Não existem onde eu faço a lei


Meus castanhos olhos tem

Cor de chocolate, eu sei

Meio amargo pra te provocar


Poucas vezes te falei

Disse “idem” disfarcei...

Mas agora, vou cantar


Que eu te amo, nunca esqueça

Que eu te amo e sempre te amarei!

Eu te amo! Não se engane

Eu te amo e sempre te amarei...


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Verde e [("ou")] (?) Azul

Longe de mim querer o céu sempre azul

Perderia o momento mágico do céu multicores da aurora

E o teto de estrelas, onde fui com alguém.


Longe de mim estar sempre em descanso

Perderia a sensação inebriante da endorfina em meu corpo

E sem meu cansaço, o descanso não é.


Longe de mim saciar definitivamente a sede

Perderia o momento prazeroso que alivia meu coração

Sem sede, eu não quero – não há mais valor.


Longe de mim entender de( )cor qual mais me agrada

Perderia a surpresa: Se à noite é o Verde, de dia o Azul?

Só sei no momento, todas quero v(t)er...


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

#Oito(u)voltas!?

Oito Voltas!

Seis mil metros com dor!

Vinte e três no vapor...


Oi, Tu Voltas?

Cêis tem medo do amor?

Vim, te trouxe uma flor...

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Suspiro Agora

Que diferença há em viver mil anos, ou uma hora?
O que é a nossa vida antes, do tempo que existe agora?
A vida de dor e alegria, que passa ou que se demora
A vida que se irradia, na noite ou no vão da aurora.

Está em anos que passaram? No sonho que ali ficou?
No ar que respiro agora ou no pó que me sufocou?
Creio que importa agora, o texto que se enxergou.
E que nem importa a crença, só o peito que suspirou.

Se vejo sou vivo e falo, se calo tudo acabou
Se escrevo certo ou errado, depende de quem olhou
Não quero julgar o choro, de quem se envergonhou

Não quero que sintas culpa, és linda como a aurora
Lembra que olhamos tudo, como quem parte agora?

Sempre estarei contigo, se fico ou se vou embora...


Senão do Exílio

(Paródia da "Canção do Exilio" de Gonçalves Dias)


Minha terra tem pilantras,

Que adoram me sugar;

Tem otários e babacas

Que não gostam de pensar.


Nosso céu tem mais fumaça,

Nossas praças não tem flores,

Nossos bosques tem sujeira,

Muito lixo e seus odores.


Se eu andar sozinho a noite,

Pode algém vir me matar;

Minha terra tem bandidos,

E otários pra votar.


Minha terra tem chuteiras,

Futebol melhor não há;

Eita terra sem vitórias -

Haja herói pra inventar...


Minha terra tem Palmeiras,

Tem Flamengo e Ceará.


Não permita Deus que eu morra,

Sem cuspir nas estruturas;

Sem deixar a minha história,

Pra essa gente sem cultura;


Pr’esta terra de Cabral,

Pode haver alguma cura?


Paródia de minha autoria, veiculada pela produção radiofonica "Não Fosse o Cabral" destinada a coluna Estação Raul, veiculada pela rádio pública UEL FM em 10/03/2011. Produção: Coletivo Poesia dos 50.



sábado, 3 de setembro de 2011

Asas em Dor Fina

Preciso falar minha dor
Dor muscular querida...
Ontem corri mais rapido...
Ontem?
Endorfina...
Preciso falar meu prazer...
Hoje flutuei alto
Querendo trazer comigo trovoadas.
Calei, gritei: vencido andei.
Amanhã...
Existe isso?
Não!
Hoje vou correr,
Cada vez mais rápido
Flutuar nas asas da endorfina...
Para um dia enfim voar.
Beber do céu o azul
Os Relâmpagos,
Os trovões e as núvens...
O Sol, a Lua e as Estrelas...
Saciar minhaa sede,
Numa dança no ar...

"Aprendi a caminhar; desde então, gosto de correr. Aprendi a voar; desde então não preciso que me empurrem, para sair do lugar. Agora, estou leve; agora vôo; agora vejo-me debaixo de mim mesmo; agora, um deus dança dentro de mim..." (NIETZSCHE; A. F. Zaratustra, Brasileira, 1998, pg 67)