domingo, 8 de dezembro de 2013

Boa Nova!

Domingo de manhã e eu já não sinto mais a falta
Meu chocolate meio amargo não tira o doce sabor da notícia
O pai da falta agora é pai da criança
E se alguma coisa faltava a mãe sem filho[s], já não há mais falta.
E digo “mãe sem filho[s]” porque ela, a mãe, sempre soube lhe dar com o meu, como se fosse dela.
Aliás, este casal, que agora cumpre seu papel de realimentar a vida na terra, em parceria com um universo que conspira para este fim, representa as duas primeiras pessoas que souberam da existência do meu curinguinha, Luiz Miguel.
Naquele momento especial, fomos até a praça do aeroporto, e, ali, ganhei o melhor presente que alguém que se tornava pai podia ganhar: uma garrafinha de agua mineral!
Guardei a garrafinha, com um restinho daquela agua benta, como um tesouro inestimável. Sempre calculei que, mesmo se me tornasse milionário, nunca poderia retribuir àquele presente...
500 ml de água no mais oportuno dos momentos...
Boas lembranças de momentos de extrema alegria, e pesados momentos de tristeza, que nos uniram ainda mais, renderia milhares de linhas abaixo! Por isso, paro por aqui nas lembranças!
Venho aqui, nesta linda manhã de domingo, pra dizer que, meus Dezembros, que não vem sendo acompanhados de boas notícias desde 2011, podem voltar a ter um brilho especial!
Grande notícia!!!
Estes versos [em prosa] pretendem apenas deixar os parabéns aos grávidos, meus amigos Juliano e Elisângela!

E nossa estrada continua... Com mais motivos de alegrias que de tristeza!
Que assim seja!

“...e o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida
Depois convida a rir ou chorar...”

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Ana Cecília*

Minha prima quero chamar de Ana
Disse meu filho maluco
Santa Cecília a rua em que nasceu
Cecília protetora dos músicos

Ana Cecília já chegou há 1 ano
No dia de Sagitário
Dia de Santa Cecília já é
Sem os maias e seu calendário

Os Maias erraram, e já valeu
Pois termos Ana Cecília entre nós
Um ano passou, foi tudo de bom
Com mais este motivo pra sorrir...

Dia dos músicos vou comemorar
O baterista vai ficar agitado
Vai se empolgar fazer papel do cantor
Fazer chorar a tia do rosário

Medula Óssea logo vai se encaixar
Sangue novo, rock nos ossos
Luiz Miguel, a Clara e o Caio a brincar
Com a mais nova ali engatinhando

Ana Cecília seu tio já vê
Seu pai tendo o amor que eu senti
Mamãe te segurando junto ao coração
Teu choro de atriz nos faz sorrir

*Esta é a versão 2013 da música que publiquei AQUI há um ano!

CLIQUE AQUI pra ouvir a nova versão!



(Foto da pequena atriz retirada do facebook da mãe dela, Grayse Kelly Boratto) 

domingo, 17 de novembro de 2013

Sentindo a Falta

Domingo de manhã eu acordei sentindo a falta
E sentindo falta dela perto de mim
Comi meu chocolate meio amargo e meio doce
Meio claro, meio negro, agridoce como eu

Eu dou um toque
E ela me retorna, então não me note
Que eu vou com ela até o fim
Eu vou com ela, eu vou com ela,
Eu VOOOOOUUUU...

Eu não a perdi, pois quem ama nunca toma posse.
Coloco ela de lado, mas corro empolgado esperando que ela me volte.
Trato com carinho, recebo sorrindo e contra todos vou com ela até parar.
E atiro ela na rede, me atiro em cima dela, e tomando-a nos meus braços lhe entrego meu mais puro e desejado beijo de amor...

Mas hoje, justo hoje eu senti aquele falta...
Ela dividida entre eu e um amigo, e por um segundo a ganhei
mais fui ferido e desde então, nunca mais a encontrei
Mas eu espero... Ela eu espero o tempo que precisar...
Pois eu sei que a dor desta falta logo vai passar...

*Demo da música no SoundCloud: CLIQUE AQUI

Ela e minha perna ferida por sua causa...

sábado, 16 de novembro de 2013

Saudade é Presente

Sábado chuvoso, dor fina e constante
E eu sinto uma ausência, alívio da dor
Na mente um poema a tristeza desmente
Canção de saudade é presente de amor

"Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim."
(Carlos Drummond de Andrade)

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Jardim do Éden

Enquanto a maioria mira o céu,
inebriada,
em busca de respostas,
em busca de uma fuga,
nós, trágicos,
amamos a vida!
Amamos a terra...
Os fracos seguirão maldizendo a terra,
seguirão inventando os mais absurdos pecados
e assim, continuarão pecando contra a vida.
Adoradores da morte!
Desprezam a terra
[nosso paraíso aqui e agora].
E assim, 
segue todo o moribundo rebanho 
esperando por seu paraíso no além...

"É a Pedra de cada dia que está no chão de qualquer lugar,
Aonde o mendigo pisa e o santo cospe, quando passa, nessa pedra.
A Pedra do Gênesis, está bem aqui e agora, você pode tocar!"
(A Pedra do Gênesis - Raul Seixas)


"Eu vos imploro, irmãos, permanecei fiéis à terra e não acrediteis nos que vos falam de esperanças supraterrenas! São envenenadores, saibam eles ou não."
(Assim falou Zaratustra - Friedrich Nietzsche)


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Não Precisamos de Educação!

Será que a educação, da maneira generalizante e universalizante, proposta ainda no século XVIII pelos iluministas, é mesmo o "caminho de salvação" da sociedade?
Friedrich Nietzsche, em "Crepúsculo dos Ídolos", criticou o sistema educacional alemão do século XIX. Me parece que tais críticas, cabem, também hoje, ao sistema educacional do Brasil do século XXI:

[...]. A ninguém mais é dado, na Alemanha de hoje, proporcionar aos filhos uma educação nobre: nossas escolas “superiores” são todas direcionadas para a mais ambígua mediocridade, com seus professores, planos de ensino, metas de ensino. E em toda parte vigora uma pressa indecente, como se algo fosse perdido se o jovem de 23 anos ainda não estivesse “pronto”, ainda não tivesse resposta para a “pergunta-mor”: qual profissão? — Um tipo superior de homem, permitam-me dizer não gosta de “profissão”, justamente porque sabe que tem “vocação"... Ele tem tempo, toma tempo, não pensa em ficar “pronto” — aos trinta anos alguém é, no sentido da cultura elevada, um iniciante, uma criança. — São um escândalo os nossos ginásios abarrotados, nossos sobrecarregados, estupidificados professores ginasiais [...] (NIETZSCHE em Crepúsculo dos Ídolos, Cia das Letras)

Vejo nas escolas ainda muita disciplina, muito enquadramento, muita padronização e pouco incentivo à criatividade, à individualidade... Deste modelo de educação autoritário, que dilui pessoas em números mensuráveis, em organismos indissociáveis de coletividades institucionais, não precisamos...

"We don't need no education
We dont need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teachers leave them kids alone
Hey! Teachers! Leave them kids alone..."

Feliz dia do Professor!


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Louco Olhar ao Tempo

Do alto do prédio, o frio,
preciso e exato relógio pouco sabe do tempo
Sempre a contar as horas,
não sente a o calor do sol, o frio e o vento...

Não sabe de Vera e sua Obra Prima
Em toda estação desconhece o clima

Tal qual o louco que vê num oásis o mar,
seu filho, aqui, inventa seu próprio olhar
E assim, num dia de primavera,
fez-se o mundo criar, nas ondas do oásis/mar

O sentido horário, direito, tem por limite o céu
Eu anti-horário, canhoto, aqui flutuando ao léu

O que sabem estes ponteiros do brilho de meu olhar?
Entre novas flores nas árvores o relógio vem pra lembrar
Que vou cumprir meus horários, mas nada vai afastar
Meu tempo da natureza, do sol, da dor, do luar...

Ó coração positivo, não quer cientifizar
Ó sangue meu negativo, que vidas pode salvar?
Quem sabe não salva meu filho, que tem mesmo louco olhar!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Contagem Regressiva (Juliano Casonatto)

A contagem regressiva já começou 
há muito tempo
Pra onde você vai? O que está fazendo?
Cuidado meu amigo com o que está acontecendo!
Sua vida está passando, você nem percebendo
Esta é sua hora, agora é o momento!

Quem é você? Quem é você?
Mais um perdido que o acaso guiou...

O barco está à deriva, que vento é esse?
Quem embarcou com você? Que povo é esse?
Você tem a liberdade pra escolher,
Leve esse barco pra onde quiser
Cada um tem em si um destino certo
Cada um tem em si um acaso a decidir

Quem é você? Quem é você?
Mais um perdido que o acaso guiou...

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Primavera Invencível

Sempre lembro que minha estação preferida é àquela de que sou filho, a primavera. Nunca gostei muito do inverno, até olhar pra ele como ela... Uma estação grávida que, em um derradeiro momento, dará luz aos floridos e quentes dias de primavera que ocorrem por aqui, na linha do trópico de capricórnio. Na última estação, descobri que a estação mais difícil pra mim não era o inverno, mas o outono. 
E hoje, neste lindo dia de inverno, posso adaptar Camus e dizer que, no meio de um outono eu finalmente aprendi que havia dentro de mim uma primavera invencível...
Para que as estações pudessem constituir ciclos que as colocam sempre nos mesmos meses, os romanos antigos precisaram acrescentar dois meses ao seu calendário que tinha apenas dez. O último mês, como sugere o nome, era Dezembro! Curioso que o que era mês dez, hoje é doze, mas continua com "dez" no nome... O mesmo vale pra Novembro, Outubro e Setembro!
Não fosse a vaidade de Augusto, estaríamos agora em Seisembro! Antes de ontem teria sido seis de seisembro! Uma redundância tão boa quanto Dez de Dezembro ou Sete de Setembro. A primeira data dá nome à avenida que passa aqui perto de mim, em referência à fundação da minha cidade. Nesta avenida caí meus “Zombeteiros Tombos”! A segunda se refere ao dia em que supostamente o Brasil se tornou independente.
O dia de hoje, que numericamente fica 8 do 8, me parece muito mais interessante que 12 do 12 ou 10 do 10... Gosto do infinito em pé repetido... Mas gosto ainda mais de pensar hoje como “oito de seisembro”! 
Maldito seja Otávio Augusto por ter rebatizado o mês do seis e, além disso, ter roubado pro seu Agosto um dia de Fevereiro! Antes ainda, maldito Julio Cesar, que primeiro rebatizou um mês, o anterior, e, com isso provocou a inveja do tal "Oitavo Agosto"!
Mas mesmo que os meses e todas as coisas troquem de nome, tem coisas que ficam, e sempre ficam, deixando boas lembranças de outras estações... 
Mesmo com tantas belas primaveras, o final de uma delas me assombra... Maldito dezembro em que completei 29 voltas ao redor do sol! O meu mês preferido, de repente, se tornou o pior mês de minha vida... Palavras cortantes, doença, aproximação da morte em um leito de hospital... Como eu queria esquecer aquele mês de dezembro! Dia destes sonhei com as imagens de mote que vem me assombrando desde então...

“Se queres elevar-te, exercita a arte de esquecer.”

Mas que exercício difícil este proposto por Nietzsche! O próprio filósofo sabia desta dificuldade:

“Talvez o homem não possa esquecer nada. A operação de ver e de conhecer é complicada demais para que seja possível apagá-la de novo inteiramente; ou seja, para todas as formas que foram produzidas uma vez pelo cérebro e pelo sistema nervoso repetir-se-ão, a partir daí, muitas vezes. A mesma atividade nervosa reproduz a mesma imagem.”

E assim, sem conseguir me livrar dos fantasmas da memória, aquela primavera sempre me volta... Com tudo que ela trouxe de bom e de ruim...
Eterno retorno... Um movimento de loop incessante... 
Se pudesse trocar os meses numerais que têm a primavera, tiraria o dez daquele ano e colocaria o seis em seu lugar...

Mas nem a invenção do Seisembro,
pode apagar aquele Dezembro...
Me esforço, porem lembro...
Eu me lembro Dezembro...

terça-feira, 30 de julho de 2013

Sete e Trinta

Sete meses de vida, trinta anos atrás
Sete meses todo ano, tem um dia a mais
Sete dias pra semana acontece ano inteiro
Dia trinta não existe só no mês de fevereiro

Sete e trinta e o alarme logo me despertou
Sete vidas tem o gato, trinta gatas não amou
Daqui a trinta minutos, mais um dia pro mês sete
Trinta infernos separando do sétimo plano celeste

Sete notas musicais, mais as letras do alfabeto
Trinta sons que não traduzem todo amor e afeto
Sete anos pro menino, trinta pro pai inquieto

Dentro de trinta minutos será trinta e um outra vez
Em sete dias será mês oito, e o gosto de agosto se fez
Há trinta anos, mês sete, acho que julho de oitenta e três

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Mundo Meu

E o mundo finalmente atingiu o meu tamanho
Todas as fronteiras do universo estavam ao alcance dos meus olhos
Nenhuma porta que pudesse ser aberta ou fechada
Só havia o presente
Momento em que a vontade de se derramar em palavras foi maior que o gosto do silêncio
Sem nenhuma espera, anseio ou pretensão
Hoje apenas...

Sem continuar parodiando meu “Mundo Maior” de um ano atrás, e nem meu “Mundo Menor”, da estreia do blog ha exatos dois anos, quero deixar os dois como expressões que emanam de um mesmo universo...
Expressões que se juntam às outras 100 publicações de um “Mundo Meu”!
Foram 6300 visitas ao blog nos últimos dois anos, uma inesperada média de mais de 250 passantes por mês aqui no quintal virtual do meu mundo...

Mas pelo meu mundo passam várias pessoas que deixaram pedacinhos de si no meu universo... Alguns foram decisivos pra eu criar o blog há dois anos. É o caso do Gabriel, um grande amigo, que me contou sobre o sentido original da tragédia para os gregos, muito além do senso comum do “desastre” que os jornalistas largamente utilizam contemporaneamente e muito mais próximo do espírito da música...
Sobre a decisão de criar o blog, cito também a Andrea, que emprestou o computador pra Cithia nos ensinar a usar o blogger... Depois as duas (através de seus blogs) viraram interlocutoras dos textos daqui, e assim, nossa poesia se retroalimentava...
Foi legal quando uma desconhecida do Rio de Janeiro elogiou nos comentários um dos meus textos mais pesados: ”Dor, Tumor e Pausa”. Foi legal também quando o Carlos Maltz, baterista e co-fundador dos Engenheiros do Hawaii, pelo twitter apelidou-nos (ao ler alguns de nossos textos) de “Clã Pierrot”.
Mas várias vezes, gostávamos mais do Arlequim que do Pierrot...
Nem maior, nem menor... Nem Pierrot, nem Arlequim... Apenas Curinga!
Meu mundo aqui traz a marca de cada um que passou em silêncio, os que comentaram (publicamente ou inbox), os que inspiraram, emprestaram sorrisos, dores, tombos e as inúmeras sensações descritas aqui...
Curiosamente os textos que escrevi quando faltou inspiração pra poesia (Conceitos de Segunda), foram os de maior movimento por aqui...
Entre prosa, poesia e melodia, gosto muito de alguns que pouquíssima gente leu, e tem outros, mais populares, que dispenso...
Até quis apagar alguns deles, mas achei melhor mantê-los...

“Eu perdi as chaves,
mas que cabeça a minha!
Agora vai ter que ser
para toda a vida...”
(Humberto Gessinger)

Tudo ao sabor do Amor Fati... E como ouvi várias vezes o Gabriel dizendo: “Nem otimista, nem pessimista – Trágico...”
Desejo a todos os que estão passando os olhos por aqui, um feliz dia mundial do rock, que é comemorado amanhã...
Depois de tragicamente falar, nada como guitarras distorcidas, linhas de baixo e batera juntos em um som que no meu mundo remete ao sagrado...
Enquanto existir o “Trágica Mente Falando”, sempre vou celebrar aqui o aniversário do blog na véspera do dia do rock!

Pra fechar, vou citar um poeta que conhecia muito bem os limites do seu próprio mundo:

“Da minha aldeia vejo quando da terra se pode ver no Universo....
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...”

(Alberto Caeiro)


terça-feira, 9 de julho de 2013

Inverno Ensolarado [2013]*

Eu saí para ver o céu azul
Vi as nuvens passando sobre mim
E senti o sol me abraçar, Com seu calor,
depois de uma noite de frio.

Um sorriso no rosto e um violão
Um sorriso escondido na canção, 
que fiz pra mim
Pensando em você

E eu deitado embaixo do céu azul
E o sol me abraçando sem parar
E o vento gelado, enciumado,
Tenta apagar as cores da canção...

Mas nem a tempestade e um furacão,
Esse vento gelado e a solidão
Vão apagar o que eu escrevi pra você

Pensando em mim...

*Já postei esta música no dia 22/09/2011 com a versão da minha antiga banda "Os Bethulhas"! O blog completará dois anos em 3 dias, e foi legal tocar esta música com o ukulele num dia parecido com aquele em que compus a música há 9 anos.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Talvez

Talvez o talvez nos atrapalhe
Vamos tentar não falar, “talvez”
Talvez você não entenda o que eu quero dizer
Talvez você nem saiba que este é você

Vamos tentar?
Vamos tentar!
Vamos tentar?
...tal vez...
...talvez...

Talvez não consigamos fugir do talvez
Talvez a gente tenha até tentado
Talvez você nunca pudesse saber da tal vez
Talvez se você não fosse daqui,
A gente não se encontraria,
Eu ficaria privado... de um outro talvez...

Talvez isso tudo agora faça sentido
Que permite que a gente entenda ...talvez...
A canção que nasce com o sol,
que acaba com o luar,
que a noite inteira iluminou,

...tal vez...
...talvez...

Vamos tentar...

terça-feira, 18 de junho de 2013

Antes de Nós

(Jeferson Sabran / Mateus Amanai)

Eu aprendi a costurar as letras
Eu aprendi a costurar palavras
Eu aprendi a misturar as frases
Que alguém falou...
Antes de nós

Eu aprendi a costurar as notas
Eu aprendi a costurar acordes
Eu aprendi a misturar os sons
Que alguém tocou...
Antes de nós...

terça-feira, 11 de junho de 2013

Sinal Verde












Chamei a garota pra sair
Seus lábios logo me disseram “não”!
Mas na luz dos olhos,
havia outro sinal
E esse sinal estava verde
Estava verde (2X)

Olhando nos olhos avancei
Peguei com carinho em suas mãos
Procurei seus lábios mas
na boca o batom
Me mostrava o sinal vermelho
Sinal vermelho (2X)

Eu dei um sorriso amarelo
Não sabia muito que fazer:
Se parava ou se avançava
Qual sinal devia obedecer?

Afastando-se ela me sorriu
Mas depressa veio me abraçar
No final do abraço os olhos
brilharam mais fortes
E Manchei meus lábios de vermelho

Depois do sinal verde
A luz dos olhos verdes
No sinal verde...

terça-feira, 4 de junho de 2013

Clara Realidade

Eu não vejo o mundo
Diante dos meus olhos
Tudo é tão difícil de compreender
Tudo o que me resta
É o verde da esperança
A cor de um par de olhos que guardei pra mim

Traga-me o sol
Vem dar a luz
Clara realidade
É claro que eu estou a te esperar

Eu não vejo a hora
De tê-la em meus braços
Sentir o seu cheiro e cuidar de ti
A cada segundo
a gente se aproxima
Claramente sinto tua presença aqui

Traga-me o sol
Vem ver a luz
Clara realidade
É claro que eu estou a te esperar!



Clara - a musa que inspirou a canção 
um mês antes de nascer, em 2011


terça-feira, 28 de maio de 2013

Grave

Gravidez, 
Gravidade
Grave era a situação

Revelar... 
Nossos pais
Não entenderiam não...

Se não der 
Pra cantar
Bem agudo o novo som

Grave "grave" grave, então!

terça-feira, 21 de maio de 2013

Só um Canto

(Jeferson Sabran / Alexandre Casonatto)

Esquece do dia que passou
Amanhã a gente vai se encontrar
Lembre-se daquela canção
Que cantei no seu ouvido pra gritar
Em silêncio
Que o desgosto vai embora
Quando a gente
Resolver cantar

Eu só quero um canto, num canto da sala
Pra poder cantar
Eu só quero um sorriso, em um rosto amigo
Pra lembrar que a vida
É bem maior que o dia que passou

Esquece o dia que passou
Amanhã a gente vai se encontrar
Pra cantar a nova canção
Que nasceu pra que você possa tocar
Sem silêncio
Amanhecem os seus olhos
Quando a gente
resolver tocar...

"Deixo o sol bater na cara
Esqueço tudo que me faz mal
Deixo o sol bater no rosto
Que aí o desgosto se vai..."
(Cidadão Quem) - Trecho da música "Girassóis"


terça-feira, 14 de maio de 2013

Não é de Amor

Esta não é uma canção de amor
A meu amor vou contar pra você
Esta é uma canção de protesto
E eu protestei 
quando não vi mais você

Esta não é uma canção de amor
Pois as canções de amor são clichês
Esta é uma canção bem complexa
Que elaborei 
pra não lembrar de você

Esta não é uma canção de amor
Ó meu amor vou dizer pra você
Esta é uma canção engajada
E eu militei 
pra não pensar em você

Esta não é uma canção de amor
É meu amor vou contar pra você
Esta é uma canção religiosa
E a Deus eu roguei 
ver teu sorriso outra vez

Esta não é uma canção de amor
Pois de amor não é fácil dizer
Esta é uma canção ao destino
E eu desejei 
amar o que acontecer...

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Dia do Goleiro, dia do Danilo

Como um goleiro vira ídolo em um time de futebol?
Seria simples pensar que bastam boas defesas e regularidade... Mas vejo muitos  excelentes atletas da posição à margem da preferência de sua torcida. Ficam eclipsados por um meia de qualidade, um zagueiro artilheiro, um centroavante matador, ou um bom cobrador de faltas... Seria por isso que o Rogério Ceni é ídolo no São Paulo? Pelos gols de falta? Pode ser... Mas acho que não é só isso!
No hino oficial do Grêmio (de Porto Alegre), o goleiro Lara é o único atleta citado! Não é apenas uma menção ocasional — Ele é chamado de “Craque imortal”! Soa estranho chamar um goleiro de “craque”?
Pra muitos, craque é sinônimo de jogador que dribla e marca gols. Pra mim não! Assim como o Grêmio teve seu craque nos anos 20 e 30, defendendo sua goleira, o Londrina tem debaixo de seu gol um gigante, um atleta ágil e vibrante, digno de ser adjetivado como um craque!
Como bom torcedor do LEC, acompanho o Danilo desde a sua chegada em 2011 para disputar (e vencer) a divisão de acesso do campeonato paranaense! Ele era chamado de “rei do acesso”, por ter subido com cinco times diferentes pra primeira divisão do paranaense...
Mas ele não voltou pro acesso depois de, pela sexta vez, subir com um clube. Desta vez ele ficou na elite e  foi o goleiro menos vazado da competição em 2012!
Neste ano podemos colocar nas mãos dele muitos dos 48 pontos que garantiram o Tubarão com a melhor campanha do campeonato, e de maneira antecipada! De quebra, ele mais uma vez é o goleiro menos vazado!
Por força de regulamento, a melhor campanha geral não garante vaga na final do campeonato, mas ainda temos chance de chegar, na última rodada de domingo!
Tá... Já escrevi demais e não expliquei como Danilo se tornou um ídolo da nação alviceleste. O meu filho Luiz Miguel, com sete anos agora, percebeu antes de mim a vibração do Danilo embaixo das traves. Enquanto eu acompanhava os lances olhando onde estava a bola, o Luiz Miguel ficava sempre de olho no nosso goleirão... Percebi então que ele está sempre ligado, transmite segurança a defesa e, quando é possível, faz a reposição de bola com velocidade e precisão impressionantes!
Mas, como eu já disse, destreza técnica não basta pra fazer um ídolo. Um ídolo dá o máximo de si, ama o que faz e, principalmente — se mantem atento e disposto a dar atenção pras pessoas que vivem neste mundo caótico que está ao nosso redor.
Foi assim, com muita sensibilidade e simplicidade que o Danilo saiu de sua concentração, três dias antes do jogo mais importante de sua vida, (aquela “final” do primeiro turno diante do Coritiba) e foi até um estúdio (onde tocávamos a versão da minha banda [Medula Óssea] em rock do hino do LEC) pra conhecer o Luiz Miguel e levar um presente pra ele:


A Alegria do Luiz Miguel com o Danilo -
Imagem retirada da reportagem da TV Tarobá (Veja AQUI)

Assim ele teve a oportunidade de conhecer um de seus maiores ídolos no futebol. Quando jogo "gol a gol" com ele, no quintal, ele é Messi chutando e Danilo defendendo... Este dia marcou profundamente a sofrida vida do meu pequeno...
Como o transplante dele pode acontecer a qualquer momento (A Lígia explica isso AQUI) e ele queria deixar o seu cabelo crescer como os dos rockeiros do Kiss e do Guns n’ Roses, duas de suas bandas preferidas, pedi pra mãe dele deixar, afinal ele ficará carequinha em breve, por causa da quimioterapia antes do transplante...
Mas ele mudou de ideia! Depois de ganhar um par de luvas de goleiro em seu aniversário no último dia 31, resolveu que queria cortar o cabelo parecido com o do Danilo, e assim se fez:

 Luiz Miguel brincando de ser Danilo.

Ele entrou em campo com o Danilo naquele jogo contra o Coritiba e nunca mais esqueceu este episódio. Outro dia eu falei pra ele que jogadores craques, como o Danilo, às vezes, tem que mudar de time. Disse pra não ficar triste se o Danilo fosse embora de Londrina daqui a alguns dias... Ele ficou meio chateado, mas entendeu... 
Hoje, dia do goleiro, veio à tona a grande notícia de que o nosso craque da camisa número 1 renovou o contrato! O Luiz Miguel comemorou como quem comemora uma gol, ou uma defesa difícil...
Tá aí! Assim se faz um ídolo! Se dependesse do Luiz Miguel (e de mim), a próxima bola de ouro da Fifa seria entregue não ao Messi, mas ao paranaense Marcos Danilo Padilha, o paredão do LEC!