E o mundo de repente diminuiu
Todas as fronteiras do universo não passavam de três metros quadrados
As portas do móvel não davam pra lugar nenhum
Não havia esperança
Só a necessidade de derramar em palavras toda a solidão
Mas não é a esperança a ultima a morrer?
Hoje não
A minha se foi
Pelo menos não a enxergo mais...
Aqui é só dor
Dor indefinível
Não é saudade e nem doença
É só solidão
Solidão acompanhada
Acompanhada de mim
Não é escuridão
É uma tarde iluminada
Não é falta de riqueza
Meu maior tesouro está a menos de um metro de mim...
Não consigo desfrutá-lo! Não posso...
Não é silêncio...
Um poeta baiano grita seu legado em meus ouvidos
Acho que é só ausência
Ausência de meus sonhos
Ausência de minhas duvidas
De meus medos de algo que não sei o que é
Não é paz e nem guerra
Não é bem e nem mal,
Nem bom, nem ruim...
Não é nada
E nem é tudo
Acho que é só vontade de silenciar quieto no escuro, sem poeta nem palhaço
Sem música
Sem luz sem dor
Saudades do fim que não conheço
Medo do próximo passo
Opa o medo está voltando!
Acho que isso já me dá esperança de que a esperança volte.
Voltou...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNão tenho nem o que dizer! :O que quer que eu diga é chover no molhado. Sua habilidade com as palavras me impressiona...
ResponderExcluirBelissímo texto
A ausencia chega hoje,pra mim, como a falta de mim mesma...assumo riscos em afirmar que a ausência se veste com trajes de alguém...
ResponderExcluirÉ necessário correr o risco.
Assim como é necessário, pra um poeta como vc, correr o risco de admitir a ausência, o medo, a solidão, as diversas formas de roupagem que se veste o sentir...
Mais uma vez um belo texto!
A ausencia chega hoje,pra mim, como a falta de mim mesma...assumo riscos em afirmar que a ausência se veste com trajes de alguém...
ResponderExcluirÉ necessário correr o risco.
Assim como é necessário, pra um poeta como vc, correr o risco de admitir a ausência, o medo, a solidão, as diversas formas de roupagem que se veste o sentir...
Mais uma vez um belo texto!