quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Senão do Exílio

(Paródia da "Canção do Exilio" de Gonçalves Dias)


Minha terra tem pilantras,

Que adoram me sugar;

Tem otários e babacas

Que não gostam de pensar.


Nosso céu tem mais fumaça,

Nossas praças não tem flores,

Nossos bosques tem sujeira,

Muito lixo e seus odores.


Se eu andar sozinho a noite,

Pode algém vir me matar;

Minha terra tem bandidos,

E otários pra votar.


Minha terra tem chuteiras,

Futebol melhor não há;

Eita terra sem vitórias -

Haja herói pra inventar...


Minha terra tem Palmeiras,

Tem Flamengo e Ceará.


Não permita Deus que eu morra,

Sem cuspir nas estruturas;

Sem deixar a minha história,

Pra essa gente sem cultura;


Pr’esta terra de Cabral,

Pode haver alguma cura?


Paródia de minha autoria, veiculada pela produção radiofonica "Não Fosse o Cabral" destinada a coluna Estação Raul, veiculada pela rádio pública UEL FM em 10/03/2011. Produção: Coletivo Poesia dos 50.



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