(Paródia da "Canção do Exilio" de Gonçalves Dias)
Minha terra tem pilantras,
Que adoram me sugar;
Tem otários e babacas
Que não gostam de pensar.
Nosso céu tem mais fumaça,
Nossas praças não tem flores,
Nossos bosques tem sujeira,
Muito lixo e seus odores.
Se eu andar sozinho a noite,
Pode algém vir me matar;
Minha terra tem bandidos,
E otários pra votar.
Minha terra tem chuteiras,
Futebol melhor não há;
Eita terra sem vitórias -
Haja herói pra inventar...
Minha terra tem Palmeiras,
Tem Flamengo e Ceará.
Não permita Deus que eu morra,
Sem cuspir nas estruturas;
Sem deixar a minha história,
Pra essa gente sem cultura;
Pr’esta terra de Cabral,
Pode haver alguma cura?
Paródia de minha autoria, veiculada pela produção radiofonica "Não Fosse o Cabral" destinada a coluna Estação Raul, veiculada pela rádio pública UEL FM em 10/03/2011. Produção: Coletivo Poesia dos 50.
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