sábado, 8 de dezembro de 2012

Oito de Dezembro

Às vezes, o universo conspira, e a gente passa a viver um dia especial
Às vezes, o universo te pira, e tu tens que inventar sozinho o momento tal
Tem dias que lembranças das mais importantes tornam-se indiferentes
Tem vezes que um dia festivo veste-se de tristezas e rostos sorridentes

E o dia oito de dezembro como fica na memória?
Entre mortes e nascimentos se fez uma história:

Dia que interpretei erroneamente, não entendendo e matando as palavras
Dia em que tiraram a vida de John Lennon em covarde disparo de arma
Dia em que o Grêmio de Foot Ball Porto Alegrense mudou-se pra nova casa
Dia em que a Dalva nasceu, trazendo alegria pra todos onde ela habitava

As palavras mal ditas, nem ligo mais pra elas, morreram e foram tarde
A morte de John Lennon jamais matará sua música, viva na eternidade
O nascimento da Arena matará o Olímpico que ficará vivo na saudade
Os verdes olhos de Dalva se fecharam e eu contava doze anos de idade

Longe das mortes, nascimentos, palavras mal interpretadas... Longe de todo início e fim de caminhos, hoje eu caminhei com meu filho. Ele segurou na minha mão e não pediu mais nada em troca... Tá aí... dia especial... Sem piras nem conspirações:
A vida é assim: Partida, chegada, abraços de boas-vindas e de despedidas... Abro espaço pra mais uma ocasião especial a acontecer hoje: Mais uma vez vou me despedir de alguém de quem já me despedi outras vezes... Desta vez, sem melancolia... Este espírito itinerante, nunca destruiu nossa amizade e convivência, ao contrário, até nos aproximou mais... 
[Alô Curitiba! Tem sinal da Tim aí?]

Oito de Dezembro:

Nascimento da minha vó materna;
Morte de John Lennon;
Palavras mal entendidas;
[Hoje]
Inauguração da Arena do Grêmio;
Celebração de uma grande amizade...

2 comentários:

  1. Certo dia encontrei umas coisinhas perdidas, frases (daquelas que copiamos e colamos, sabe?), e uma delas deixo (com toda cara de pau que deus me deu) pra ti:

    "Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona o que o coração vive tentando deixar pra trás."
    Caio Fernando Abreu.

    Vamos celebrar as memórias que "impulsionam a grande roda da História."

    Belo texto! Saudades da família!

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  2. Sempre haverá sinal da Tim... ainda mais por R$0,25! (putz, não quis fazer "merchan", rs!) Mas nem haveremos de falar em preço quando o dia homenageado representa o infinito. Reticências expressas em número, foi o modo que a Matemática encontrou de fazer poesia. Prova de que, assim como nós acreditamos, esta sempre prevalece. O espírito pode ser itinerante, mas o coração já encontrou lar no bate-papo com chimarrão, no violão tímido arranhado baixinho, na poesia tocante ou mesmo nas conversas triviais... É como se as minhas raízes se fizessem com pessoas, e não com lugares. Por isto, sem melancolia, deixo meu "até breve" não simplesmente por dizer, mas por acreditar na força das palavras. Grande abraço, Curinga!

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