No silêncio
do poeta se guardou palavras do dia-a-dia
Dias que não
trouxeram nada de belo pra ser congelado
Às vezes no
silêncio há espera pelo inacabado
Por mais que
o poeta se cale, seus fantasmas berram
E assim
evitando o verso triste as palavras esperam
Quantas
rimas ocultas na mente que mente sua dor?
Quantos
espinhos guardados num verso solto de amor?
O amor, a
cor, a dor e o anuncio primo de que logo é verão
E o fim do
mundo escrito grita e dita o que os olhos verão
Verão verão
os olhos?
Verão verão os vivos!
Quem
sobreviver ao fim do mundo verá
Assim que chegar
ao fim toda primavera
Que deveras viram os vivos a vida em Vera
Que deveras viram os vivos a vida em Vera
Ah, linda prima-vera que esconde em si o verão
Outono e
inverno o mantém dentro do coração
A chama que chama a poesia não se apaga não...
“E no meio de um inverno eu finalmente aprendi que havia dentro de mim um verão invencível.” Albert Camus
P.S. Poema em resposta ao 4'33" da minha querida amiga Tim Gonçales, que, atendendo a um pedido meu, salvou um afogado...
P.P.S. Nossa discussão em torno do silêncio poético foi inspirada pelo texto "Af(*)rça d(*) silênci(*) - 72" de Humberto Gessinger.
A chama que chama a poesia não se apaga não...
“E no meio de um inverno eu finalmente aprendi que havia dentro de mim um verão invencível.” Albert Camus
P.S. Poema em resposta ao 4'33" da minha querida amiga Tim Gonçales, que, atendendo a um pedido meu, salvou um afogado...
P.P.S. Nossa discussão em torno do silêncio poético foi inspirada pelo texto "Af(*)rça d(*) silênci(*) - 72" de Humberto Gessinger.
Tá lá: http://poetiproseando.blogspot.com.br/2012/11/cronicas-de-um-domingo-so-3-do-silencio.html
ResponderExcluir=)